Aluno brasileiro se forma na terra do “Tio Sam”
quarta-feira, maio 30th, 2012Paranaense se forma em uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Aproveitem que o Brasil esta na moda e procure excelência nos lugares altos.
Segue o texto:
30/05/2012 08:16:00
A vida de um brasileiro na elite universitária americana
30/05/2012 – Estudante se formou em Yale neste fim de semana; universidade está de olho nos brasileiros.
Leonardo Cazes
RIO – De Curitiba para uma das maiores universidades do mundo, o paranaense Paulo Sérgio Coelho Filho, de 21 anos, termina neste fim de semana um ciclo que tem sido procurado cada vez mais por jovens brasileiros: ele vai se formar na Universidade de Yale neste fim de semana. Desde 2009 vivendo em New Haven, no estado de Connecticut, onde fica a instituição, ele não acreditou que ia passar, pensou em desistir quando recebeu a resposta positiva e já traz no currículo o fato de ter assistido uma aula do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair com apenas 19 anos.
Tudo começou no seu último ano de colégio, quando foi fazer um intercâmbio em Seattle, no noroeste americano. Lá, começou a ouvir sobre as principais universidades americanas e sugestões para que tentasse uma vaga também. De volta ao Brasil, Paulo resolveu aplicar para Yale. Tendo em vista que a instituição recebe mais de 26 mil candidaturas todos os anos e rejeita 93% dos pedidos, julgou que suas chances não eram muito altas. Julgou errado. Quando, no fim de março de 2009, chegou a confirmação de que tinha sido convocado, pensou até em não ir, mas foi convencido pelos pais a conhecer a instituição. E foi amor a primeira vista.
- A universidade é composta por 12 colleges, que são castelos iguais do filme do “Harry Potter”. Dentro deles, você tem academias, biblioteca, refeitório. Acaba sendo um lugar para conhecer muitas pessoas diferentes. Quando cheguei aqui, me apaixonei imediatamente – conta Paulo, em entrevista por telefone ao GLOBO.
Para o estudante, são duas as principais diferenças entre Yale e as universidades brasileiras: o método de seleção e a dinâmica das aulas. Na sua candidatura, Paulo precisou apresentar seu histórico escolar, três cartas de recomendação e dois ensaios pessoais sobre seus planos para a vida e a carreira. São comuns também entrevistas com ex-alunos da instituição. Pela sua experiência, ele diz que Yale não busca só inteligência, mas também características de liderança, talento, senso ético e humildade nos seus futuros estudantes.
Nas aulas, as diferenças também são grandes. Segundo a estatística oficial, 75% das turmas possuem menos de 20 alunos e costumam ter muitos debates, para que os estudantes se coloquem e exerçam o pensamento crítico. Isso não significa moleza, muito pelo contrário. Paulo relata uma rotina exaustiva de estudos, que muitas vezes começavam de manhã e iam até a noite, com um alto grau de exigência. Contudo, isso não significa uma disputa contra os colegas, mas sim contra si mesmo.
- Aqui, há uma ênfase muito grande no pensamento crítico e criativo. Você tem que critica e também propor uma alternativa. O que eles falam é que Yale não quer formar um profissional, quer que você aprenda a pensar de forma crítica e criativa. Tanto que você escolhe o seu curso depois que você entra. E mesmo assim você deve fazer disciplinas de fora da sua área. Nos dois primeiros anos, você tem matérias mais gerais, depois foca nas suas áreas de ênfase. As minhas serão Política e Economia. Para mim, foi muito bom porque a competição era contra eu mesmo – diz Paulo.
Se os brasileiros parecem gostar muito da experiência, a universidade também tem olhado com interesse cada vez maior para o país. Amin Gonzalez, diretor-adjunto de recrutamento multicultural do escritório de admissões da universidade, diz que os alunos do país são muito bem-vindos e que há todo interesse em receber estudantes talentosos.
Ele ressalta que é possível conseguir ajudar financeira para arcar com as altas anuidades e que Yale já incluiu o Brasil em seu road show para apresentar as vantagens da instituição. Atualmente, estão na universidade 36 brasileiros, sendo 12 na graduação e 24 na pós-graduação. Um número bem baixo se comparado com o de chineses (mais de 300).
- Yale é uma universidade global e está comprometida em formar os melhores acadêmicos e futuros líderes de todas as partes do mundo. Já tivemos estudantes brasileiros muitíssimos talentosos e pretendemos continuar recebendo aqueles com potencial para serem líderes em suas áreas de atuação, independentemente qual seja ela – afirma Amin, em entrevista por e-mail ao GLOBO.
Apesar de ser só elogios a vida universitária americana, onde apesar de todo o trabalho Paulo garante que também dá para se divertir, ele pretende voltar ao Brasil. E fala em retribuir ao país a oportunidade que teve de estudar na elite americana.
Fonte: Jornal O Globo – RJ
Retirado do link: http://www.cmconsultoria.com.br/vercmnews.php?codigo=57614